Muitos pensam que a conservação trata-se de fundar parques de proteção, cercá-los e não deixar nenhum ser humano entrar, só assim a biodiversidade estaria a salvo.
Muito pelo contrário, pois o ser humnano também faz parte da biodiversidade e é uma peça importante para a dinâmica das espécies em um ambiente e para a preservação delas.
Um exemplo muito interessante é a relação da população de uma espécie de leão marinho, ainda em fase de batismo, e os peruanos. A bióloga Larrisa Rosa de Oliveira que descobriu essa nova espécie também descobriu que, mesmo antes de batizá-los oficialmente, os leões marinhos já estavam ameaçados de estinção. Os motivos: fatores naturais, como o El Niño, agravado pelo aquecimento global, faziam com que o principal alimento desses leões marinhos, a anchoveta, ficasse escassa em determinadas épocas do ano, outro motivo era que a anchoveta era pescada sem controle para a fabricação de ração para peixe, não tinha nenhum valor agregado que proporcionasse medidas de proteção.
As soluções: incentivar o consumo da anchoveta! Só assim seriam criadas cotas de pesca e a população se interessaria mais em preservar a anchoveta, pois reconheceriam seu valor. Para agregar valor à anchoveta foram feitas campanhas para incentivar o consumo do peixe, um projeto que contou com o auxílio de publicitários, jornalistas, designers e chefes de cozinha. Os jaornais publicavam receitas com a anchoveta, fora criada a semana internacional da anchoveta no Peru em que os restaurantes serviam pratos especiais feitos com o peixe. Assim, logo criaram-se leis e regulamentações para a pesca controlada da Anchoveta, que causou bem estar também à população da espécie ainda sem descrição de Leão Marinho.
Os resultados: diminuição na ameaça da população de Leão Marinho e vantagens para a população peruana, que tanto carece de consumo de proteínas, que descobriu uma carne barata, nutritiva e deliciosa.
Muitas vezes a interferência do homem é maléfica, porém, se entendermos que somos parte da natureza conseguiremos ver soluções mais claras para os problemas que nós mesmos geramos.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
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