Um dos grandes problemas para os animais em geral são as pragas, para quem depende do rendimento de animais também. Como é o caso dos carrapatos em rebanhos bovinos.
Os carrapatos são aracnídeos parasitas que dependem do sangue de outros animais para se alimentarem, o carrapato bovino é o Boophilus microplus que também transmite doenças, carrapatoses, como a babesiose e a anaplasmose, também chamadas de “tristeza parasitária” pelos sintomas que os animais apresentam: emagrecimento, abatimento e em casos extremos são levados a morte.
A babesiose tem dois protozoários como agentes, Babesia bovis e Babesia bigemina. A anasplamose é causada por uma rickettsia, Anaplasma marginale. Todos os três são parasitos das células vermelhas do sangue dos bovinos, causando anemia hemolítica, febre, prostração, às vezes, urina cor de sangue (hemoglobinúria) e icterícia (mucosas, ocular, vaginal ou prepucial de cor amarelada). Entretanto, esses sintomas são comuns a outras doenças, devendo o diagnóstico clínico ser confirmado pelo exame laboratorial.
Porém não podemos eliminar totalmente os carrapatos dos rebanhos, pois a existência de um número pequeno e controlado de carrapatos mantém os níveis de anticorpos no rebanho, porém em excesso, causam essas doenças.
Muitas vezes, os animais não apresentam sintomas, porém estão infectados. Bovinos criados em áreas endêmicas, isto é, onde existe carrapato o ano todo, são infectados desde os primeiros dias de vida. Por serem protegidos pelos anticorpos adquiridos ao mamar o colostro, a maioria passa a crise das primeiras infecções sem manifestar sintomas da doença e se tornam imunes. A mortalidade nesse caso é baixa.
Em áreas de instabilidade endêmica, onde o carrapato desaparece nos meses mais frios, os bezerros não são infectados quando ainda têm a proteção dos anticorpos colostrais, portanto, não desenvolvem a imunidade. Quando o carrapato reaparece, ocorrem muitos casos de doença clínica e a mortalidade é alta.
Outras opções de tratamento indicam o uso de plantas medicinais, como o uso da grimpa de pinheiro para controle de berne e carrapato:
- 1 kg de grimpa em 20 litros de água, deixar 5 dias de molho e pulverizar os animais ou encher 1 balde médio (5 litros) com grimpas verdes, depois adicionar água até a borda. Deixar descansar, para berne deixar descansar 3 dias e para carrapato descansar 5 dias. Tirar as grimpas e banhar os animais.
Outra opção é incorporar algumas folhas na alimentação dos animais para combater e prevenir diversas doenças, as plantas abaixo são moídas juntamente com 20 kg de milho. São administrar durante três dias, duas vezes ao dia, conforme a incidência do problema.
- A Calêndula (Calendula officinalis L.), (300 gramas), a Bardana (Arctiun lappa L.),
(400 gramas) e Fel-da-terra (Fumaria officinalis L.), (100 gramas), são usadas para
limpeza do sangue e limpeza pós-parto.
(150 gramas) e a Hortelã (Mentha piperita L.) (150 gramas), são usadas para controle das diarréias
É importante lembrar que para a retirada manual do carrapato não pode-se apenas arrancá-lo, é preciso fazer com que o carrapato se solte, utiliza-se um algodão com álcool para abafá-lo e só após ele soltar-se é que se tira e coloca-se em um recipiente para depois queimá-lo, senão não há eliminação total, devido ao seu ciclo:
Grimpas: ramos de pinheiros
Este post foi inspirado pela necessidade real da minha prima em procurar alternativas sobre doenças causadas por carrapatos no rebanho bovino que ela mantém para comercialização de leite.
Ou seja: aceito ideias!
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