domingo, 30 de maio de 2010

Descoberta nova espécie do gênero Homo


A criatura usava ferramentas e possivelmente o fogo, além disso há estudos para comprovar se o Homo gautengensis era realmente canibal, como teoriza-se.
A designação da nova espécie é baseada em pedaços fósseis de um esqueleto entre 2 milhões a 800 mil anos de idade. Mandíbula, dentes e outros ossos foram encontrados no complexo de cavernas Sterkfontein na província de Gauteng na África do Sul.
Embora tenham sido encontrados apenas fragmentos de seis indivíduos, já foi constatado que o H. gautengensis andava ereto e tinha aproximadamente um metro de altura e pesava 50 quilos, segundo o antropologo pesquisador Curnoe da Universidade de New South Wales, da Austrália.
Comparando proporcionalmente com os humanos atuais, a nova espécie tinha braços mais longos, face progetada, como os chimpanzés, dentes grandes e um cérebro pequeno, mas não tão pequeno para formular comunicação verbal.
"Por mais que pareça possível que o Homo gautengensis tivesse algum sistema de linguagem, deve ter sido muito mais rudimentar que a nossa, carecendo de tonalização complexa e formas gramaticais, como todas a linguagens humanas têm" disse Cornoe através de uam entrevista via e-mail para o National Geographic.

Apesar de possuir características humanas, o Homo gautengensis parece não ser o ancestral de nossa espécie, pois aparece muito tarde na linha evolutiva para ser nosso ancestral direto, acredita Cornoe.
Além disso, outros hominídeos como o Homo erectus, que são mais provavelmente nossos ancestrais, também foram datados do mesmo período, o que sugere que o predecessor do H. erectus surgiu antes mesmo do H. gautengensis.
Cornoe ainda diz que "honestamente, não sabemos qual espécie foi o ancestral direto mais antigo na linha evolutiva humana" .
O antropologista ainda diz que detectou 40 características que parecem diferenciar a nova espécie de nosso ncestrais mais prováveis, os australoptecus.

Fonte: National Geographic onde podemos explorar a linha do tempo pré-histórica




terça-feira, 25 de maio de 2010

Pássaro Dodô

No livro "Alice no País das Maravilhas", a personagem encontra-se com um pássaro Dodô, talvez uma das espécies já extintas mais conhecidas.



Os Dodôs viviam apenas nas ilhas Maurício, Reunião e Rodrigues, há apenas 200 anos atrás, durante o período do Holoceno.


Eram aves desajeitadas, com asas atrofiadas e com muita carne, esses também foram os fatores determinantes de sua extinção.

A  causa da extinção dos dodôs é a intervenção humana em habitats naturais.
Após estudos póstumos feitos em animais "empalhados" descobriu-se que o osso do peito dessas aves era muito desenvolvido, o que indica que muito antigamente, a espécie era voadora, porém encontrou condições t]ao favoráveis na ilha que se tornou muito bem adaptada àquele ambiente.
Porém, com a chegada do ser humano à região, houve a introdução de espécies que exóticas, que não evoluiram naquele habitat, assim, puderam competir com desigualdade pelos recursos necessários para sobrevivência. Além dessa desvantagem, as espécies introduzidas, como ratos que chegam nos navios, passaram a predar a espécie, alimentando-se, inclusive, de seus ovos.

Como na natureza uma ação desencadeia outra, uma árvore chamada "Calvária" está ameaçada de extinção, pois seus frutos de cascas rígidas eram o principal alimento dos Dodôs, que ajudavam na reprodução da árvore ao defecarem as sementes. Atulamente a Calvária está prestes a se extinguir totalmente como os Dodôs, existem apenas 13 calcárias no mundo e as que existem possuem mais de 300 anos!

Fruto da árvore Calvária


Para quem gosta de Dodôs, tem esse blog SÓ sobre Dodôs!

OBS: o Dodô não foi o único meio de espalhar as sementes de Calvária que germinan no solo após um tempo, mas a extinção desse pássaro diminuiu o número de sementes espalhadas.

Atlas virtual pré-histórico

Nesse site podemos encontrar a cronologia dos tempos pré-históricos clicando em "índice cronológico", asism como animações e desenhos de seres que viveram em cada um deles!
Tem até a previsão teórica do que será a configuração tectônica futura e as condições geográficas e climáticas.
Também há lista alfabética por nome ciêntifico, no índice evolucionário podemos descobrir que epécie é ancestral dos seres atuais e no índice taxonômico há a classificação do seres em filo, classe, ordem, família e gênero.

domingo, 23 de maio de 2010

Archaeopteryx



O Archaeopteryx é um animal já extinto que possuia penas e que viveu há aproximadamente 150 milhões de anos, durante o período Jurássico, ou seja, conviveram com os dinossauros.
Sempre se especulou se esses seres seriam o elo entre os dinossauros e as aves, a transição entre répteis e aves. Isso tudo devido ao fato deles possuirem características tanto de tetrápodes quando de aves modernas. Quem mais defendeu essas semelhanças foi J. H. Ostrom, um pesquisador que defendia a ancestralidade reptiliana das aves.
Alguns consideram essas características apenas homologias e a questão ainda é discutida, debatida e estudada.




O primeiro fóssil de Archaeopteryx foi encontrado na Alemanha e está no Museu de História Natural de Londres, e podemos ter uma visão rotativa do crânio de um Archaeopteryx no site do Museu, além de várias ilustrações.

Semana passada eu visitei o Museu de Paleontologia Irajá Damiani Pinto (da UFRGS). O Museu tem fósseis importantes como o do Dinodontosaurus turpior e os murais são bem explicativos! Vale muito a pena!

Visitações: segunda à sexta: 14:00 às 17:00
no Instituto de Geociências da UFRGS, no campus do Vale, prédio 43 127 térreo


Peixe-palhaço: o Nemo!


Os clownfish (peixe-palhaço), anemonefish (peixe anêmona) ou como muitos chamam agora "nemo fish" são peixes de água salgada que vivem em relação de simbiose com as anêmonas que lhe servem de lar.
Isso porque há uma troca de benefícios para ambos, o peixe palhaço se aproveita dos restos de alimentos da anêmona que lhe serve como lar e proteção, pois somente os peixe-palhaço, que possuem um muco que recobre seu corpo, podem tocar nelas, já que as anêmonas possuem em seus tentáculos cnidoblastos com toxinas venenosas, porém esse muco protetor pode ser perdido se o peixe-palhaço não tocar constantemente na anêmona, esse movimento que gerou o apelido de "palhaço" também beneficia a anêmona que além de ficar limpa têm maior circulação de água.

Esse vídeo mostra a "dança" que o peixe-palhaço faz constantemente para não perder o muco que o protege dos tentáculos na anêmona.



Os clownfish não são tão fofos quanto o Nemo do filme, eles têm um comportamento agressivo e são muito territoriais, protegem com energia suas anêmonas, além disso eles também são muito hierárquicos.
Na fase inicial eles são mais ou menos hemafroditas, quer dizer, todos nascem machos e depois de um período de amadurecimento um torna-se fêmea, pois em cada anêmona só há uma fêmea, um macho reprodutor e os outros machos menores não são reprodutores. No caso da fêmea ser retirada do grupo, se no caso ela morrer, por exemplo, o macho reprodutor vira fêmea e o segundo maior macho que antes não era reprodutor, torna-se o macho dominante!

Os peixe-palhaço não possuem muitos predadores no mar, a pior ameaça para eles são os humanos que os capturam para exporem em aquários, fato que desencadeia todo o enredo do filme do Nemo.
Porém, eles não podem ser colocados em qualquer aquário com qualquer anêmona, pois existem mais de mil tipos diferentes de anêmona que podem abrigar peixes-palhaços, e precisa haver uma certa compatibilidade, e na maioria dos casos eles são colocados em aquários com as anêmonas erradas.
Em cativeiro, o peixe-palhaço vive de 3 a 5 anos, já na natureza, eles vivem de 6 a 10 anos!




Cnidoblastos: células que servem para defender e para capturar presas, são como chicotes que contém uma vesícula cheia de toxina e um sensor que quando tocado ativa mecânicamente e instantâneamente um tipo de arpão que penetra na presa e injeta o veneno. A presença de cnidoblástos serve para a classificação dos seres vivos que o possuem no filo Cnidaria, como é o caso das anêmonas e da "mãe d'água".


Classificação taxonômica:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Actinopterygii
Ordem: Perciformes
Família: Pomacentridae
Subfamília: Amphiprioninae

Espécies: existem aproximadamente 27 espécies diferentes



sábado, 22 de maio de 2010

Dia e Ano Internacional da Biodiversidade

Hoje é o dia Internacional da Biodiversidade e 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade!

Haverá uma reunião internacional em outubro, promovida pela ONU, o COP10 da biodiversidade e será sediado no Japão. Muita demagogia rolando solta, principalmente porque o próprio Japão contribui para a matança de muito animais marinhos. Mas isso é para outro post.


Clique na imagem a cima para visitar o site do encontro


O encontro "pretende discutir assuntos como a ocupação desordenada de áreas naturais, a caça e comércio ilegal de espécies e a poluição dos rios e mares, entre outros problemas que estão ameaçando a existência de milhares de espécies animais e vegetais em todo o mundo."
Além disso será feito um balanço do que foi feito desde o último encontro e os últimos acordos.
O governo brasileiro apresentará como meta proteger no mínimo 30% das UCs – Unidades de Conservação da Amazônia e 10% das UCs dos outros biomas.
O Brasil, que possui 2 hotspots (cerrado e mata Atlântica), terá papel importante nas negociações do COP10 e é um dos líderes em biodiversidade, compartilhamos o posto com alguns vizinhos latinos que também têm o privilégio de hospedarem a maior floresta tropical do mundo: a floresta Amazônica com espécies ainda desconhecidas de fauna e flora!

Eventos no Rio Grande do Sul:

O Museu de Ciências e Tecnologia da PUCRS sediará exposições e mostras temporárias sobre biodiversidade

Dia 18 de maio a dia 30 de Dezembro
-serpentes: fatos e mitos
-biodiversidade de líquens da floresta de Araucária do Rio Grande do Sul
Dia 19 a 22 de Outubro
-evento especial sobre o Ano da Biodiversidade


Hotspots: são "pontos quentes", 34 áreas ao redor do planeta com prioridade de conservação, para ser considerado HoSpot, a área deve ter pelo menos 1 500 espécies endêmicas de fauna e flora, ou seja, que só existem naquela local, e perda de 3/4 da área original.
A intenção é evitar que existam mais Hotspots, evitar que áreas já ameçadas cheguem a esse estado de extinção. A mata Atlântica brasileira é um dos hotspots mais críticos, pois só existem 7% da mata original, e mesmo assim são zonas descontínuas, ou seja, pequenas ilhas da mata que um dia se estendeu ao longo do litoral brasileiro.


Mapa dos HotSpots ao redor do mundo

Rotíferos

Rotíferos são seres do reino Animalia que vivem em poças, lagoas, lagos e oceanos, são chamados assim por possuírem o "órgão rotífero", uma estrutura que fica girando para a captação de alimentos que podem ser partículas vegetais, fungos ou bactérias.


Os rotíferos da ordem Bdelloidea não utilizam o alimento somente para obter energia, eles utilizam o DNA dos seres que ingerem para renovar seu próprio DNA! E essa é a única forma que esses tipos de rotíferos tem de renovar o DNA, pois eles só produzem novas gerações colocando células-ovo não fertilizadas, ou seja, nao há troca de material genético entre esses tipos de rotíferos!

Acontece que em épocas de seca as membranas das células reprodutoras e o próprio DNA do rotífero ficam danificados, então o DNA dos seres que ele ingere consegue penetrar nas céluas.

Como os rotíferos conseguem se regenerar por completo, quando a situação do ambiente torna-se novamente favorável, eles retornam com o DNA estranho totalmente integrado, inclusive nas células reprodutivas, assim, as novas gerações possuem um material genético renovado.

Na árvore da vida eles encontram-se entre os anelídeos e os nematelmintos e a Ordem Bdelloidea possui aproximadamente 360 espécies!

Oficina de papel recilcado!

O quê: Oficina de papel recilclado com Jussara Porto
Quando: 22/06 ao 12:30 no prédio do ILEA Campus do Vale UFRGS
Quanto: de graça, claro!
Inscrição: do dia 1° ao dia 18 de junho pelo e-mail difusaocultural@ufrgs.br

Mais informações é só clicar aqui

terça-feira, 18 de maio de 2010

Reciclagem do plástico 2 e novo Gadget

O site planeta sustentável criou esse contador de recusos de sacolas plásticas qeu eu incorporei hoje aqui no blog!

A melhor forma para cada um de nós contribuírmos com a reciclagem do plástico, além de separar corretamente, é recusar sacolinhas plásticas! É simples e não custa nada!

Uma vez fui numa papelaria comprar grafite para minha lapiseira e a atendente perguntou se eu queria uma sacola plástica O.o é até ridículo carregar rua a fora uma caixinha de grafite dentro de uma baita sacola! Quando vamos na farmácia comprar um envelopinho de aspirina ou uma caixinha de remédio: não é incomodo nenhum colocar a caixinha/envelope dentro da bolsa ou no bolso! Ou se você foi buscar um lanche para comer no escritório/escola/curso: não é incomodo levar na mão por alguns passos!

Sempre que for carregar algum produto pequeno por aí, pense se precisa mesmo de sacola, se não pode carregar dentro da bolsa/bolso ou até de alguma outra sacola que já esteja carregando!

A função da sacola plástica é para quem está a pé carregar grandes e pesados embrulhos ou para carregar vários embrulhos dentro de uma só sacolinha! Tem gente que está de carro e pede sacolinha!


E sempre que recusar alguma sacolinha, clique no contador ali ao lado ; )

Reciclagem do plástico

O plástico foi uma das grandes invenções da modernidade, olhe ao redor e note que praticamente tudo é feito de plástico! Mas tudo que é feito de plástico pode demorar até 1000 anos para se decompor no meio ambiente!

A fabricação do plástico passa primeiro pela fabricação dos polímeros, que são cadeias carbônicas que vêm diretamente do petróleo. Depois os polímeros podem passar por diversos processos para se transformarem em diferentes tipos de plásticos que são:


Termorrígidos (termofixos):

Rígidos e resistentes à variações de temperatura. Depois de prontos não se fundem mais. Sua reciclagem é complicada.

Usados em: baquelite, resina epóxi.


Elastômeros (borrachas):

Com alta elasticidade, mas não são fusíveis, por isso é difícil reciclá-los também.


Termoplásticos:

A maioria dos produtos que consumimos são termoplásticos. Pode ser fundido varias vezes, por isso é de fácil reciclagem.


Repare que nos produtos plásticos recicláveis há um código com o triângulo da reciclagem e um número dentro, esse número indica qual tipo de termoplástico é:


1-PET (polietileno tereftalato): utilizado em garrafas para água mineral, refrigerantes e afins, também utilizado em fibras de tecidos reciclados;

2-PEAD (polietileno de alta densidade): engradados de bebidas, baldes, embalagens de álccol ou produtos químicos domésticos, bombonas de água mineral, tubos, filmes e embalagens diversas;

3-V ou PVC (cloreto de vinila): tubos e conexões, conduíntes, garrafas de água, refrigerante, detergentes líquidos, lonas, calçados, bolsas de sangue e soro, fios e cabos, cosméticos, brinquedos e outros;

4-PEBD (polietileno de baixa densidade): embalagens de alimentos, sacos industriais, sacos para lixo e filmes em geral;

5-PP (polipropileno): embalagens para massas e biscoitos, embalagens de margarinas, seringas descartáveis, fibras fios têxteis e auto-peças;

6-PS (poliestireno): cabine de aparelhos de TV e som, copos descartáveis, embalagens alimentíceas e embalagens em geral;

7- outros


Reciclagem do plástico
- Na reciclagem mecânica, o plástico usado é transformado em grãos para serem reaproveitados na fabricação de outros produtos

- Com a reciclagem química é possível conseguir matéria-prima básica que será utilizada na produção de novos plásticos, com a mesma qualidade de um produto virgem.

- Já a reciclagem energética utiliza os plásticos usados e descartados como combustível para produzir energia elétrica. Esse tipo de reciclagem é muito comum na Europa, Japão e Estados Unidos, lugares onde a tecnologia para esse fim é bem desenvolvida e os controles de emissão de poluentes são rígidos.


Quais produtos plásticos são recicláveis?

Tampas, potes de alimentos (margarina), frascos, utilidades domésticas, embalagens de refrigerante, garrafas de água mineral, recipientes para produtos de higiene e limpeza, PVC, tubos e conexões, sacos plásticos em geral, peças de brinquedos, engradados de bebidas, baldes.


Quais não são?

Cabos de panela, tomadas, embalagens metalizadas (ex. alguns salgadinhos e tampinha do iogurte), isopor, adesivos, espuma.


domingo, 16 de maio de 2010

Carrapatoses


Um dos grandes problemas para os animais em geral são as pragas, para quem depende do rendimento de animais também. Como é o caso dos carrapatos em rebanhos bovinos.

Os carrapatos são aracnídeos parasitas que dependem do sangue de outros animais para se alimentarem, o carrapato bovino é o Boophilus microplus que também transmite doenças, carrapatoses, como a babesiose e a anaplasmose, também chamadas de “tristeza parasitária” pelos sintomas que os animais apresentam: emagrecimento, abatimento e em casos extremos são levados a morte.

A babesiose tem dois protozoários como agentes, Babesia bovis e Babesia bigemina. A anasplamose é causada por uma rickettsia, Anaplasma marginale. Todos os três são parasitos das células vermelhas do sangue dos bovinos, causando anemia hemolítica, febre, prostração, às vezes, urina cor de sangue (hemoglobinúria) e icterícia (mucosas, ocular, vaginal ou prepucial de cor amarelada). Entretanto, esses sintomas são comuns a outras doenças, devendo o diagnóstico clínico ser confirmado pelo exame laboratorial.

Porém não podemos eliminar totalmente os carrapatos dos rebanhos, pois a existência de um número pequeno e controlado de carrapatos mantém os níveis de anticorpos no rebanho, porém em excesso, causam essas doenças.

Muitas vezes, os animais não apresentam sintomas, porém estão infectados. Bovinos criados em áreas endêmicas, isto é, onde existe carrapato o ano todo, são infectados desde os primeiros dias de vida. Por serem protegidos pelos anticorpos adquiridos ao mamar o colostro, a maioria passa a crise das primeiras infecções sem manifestar sintomas da doença e se tornam imunes. A mortalidade nesse caso é baixa.

Em áreas de instabilidade endêmica, onde o carrapato desaparece nos meses mais frios, os bezerros não são infectados quando ainda têm a proteção dos anticorpos colostrais, portanto, não desenvolvem a imunidade. Quando o carrapato reaparece, ocorrem muitos casos de doença clínica e a mortalidade é alta.

Uma técnica para combate carrapatos são banhos com carrapaticidas, porém dependendo do índice pluviométrico da época, o produto pode ser lavado pela água da chuva sem que antes faça a ação desejada.

Outras opções de tratamento indicam o uso de plantas medicinais, como o uso da grimpa de pinheiro para controle de berne e carrapato:


- 1 kg de grimpa em 20 litros de água, deixar 5 dias de molho e pulverizar os animais ou encher 1 balde médio (5 litros) com grimpas verdes, depois adicionar água até a borda. Deixar descansar, para berne deixar descansar 3 dias e para carrapato descansar 5 dias. Tirar as grimpas e banhar os animais.

Outra opção é incorporar algumas folhas na alimentação dos animais para combater e prevenir diversas doenças, as plantas abaixo são moídas juntamente com 20 kg de milho. São administrar durante três dias, duas vezes ao dia, conforme a incidência do problema.


- A Calêndula (Calendula officinalis L.), (300 gramas), a Bardana (Arctiun lappa L.),

(400 gramas) e Fel-da-terra (Fumaria officinalis L.), (100 gramas), são usadas para

limpeza do sangue e limpeza pós-parto.

- A Tansagem (Plantago major L.), (100 gramas) é usada para inflamações.

- Folha da Pitangueira (Eugenia uniflora L.), (150 gramas), Goiabeira (Psidium guajava),

(150 gramas) e a Hortelã (Mentha piperita L.) (150 gramas), são usadas para controle das diarréias

- Confrei (100 gramas), Erva-macaé (Leonorus sibiricus L.) ou Ervaraposa, (100 gramas) são usados para mamite.

- Cipó-mil-homens (Aristolochia triangularis Cham.), (150 gramas) é usado para abrir o apetite.

- Arruda (Ruta graveolens L.), (150 gramas), como calmante.


É importante lembrar que para a retirada manual do carrapato não pode-se apenas arrancá-lo, é preciso fazer com que o carrapato se solte, utiliza-se um algodão com álcool para abafá-lo e só após ele soltar-se é que se tira e coloca-se em um recipiente para depois queimá-lo, senão não há eliminação total, devido ao seu ciclo:


Rickettsia: são tipos de bactérias e são parasitas intracelulares obrigatórias

Grimpas: ramos de pinheiros


Este post foi inspirado pela necessidade real da minha prima em procurar alternativas sobre doenças causadas por carrapatos no rebanho bovino que ela mantém para comercialização de leite.

Ou seja: aceito ideias!